quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Viva la revolución! (sic)

Tenho uma certa dificuldade em aceitar certos tipos de situações.

Greve da Polícia Militar na Bahia.
1. Assim como qualquer trabalhador - os PM's têm sim direito à greve. E muita gente acha isso um absurdo, mas não acha um absurdo o fato de que foi essa mesma gente que colocou no poder os verdadeiros culpados pela crise.
2. PM em greve, bandidos fazendo a festa aqui, presos fugindo e Wagner vem (de Cuba) pra outra festa (a de Iemanjá), mas já sai fazendo ponte aérea por aí.
3. De repente todo mundo vira correspondente do "Se liga Bocão"/"Bahia agora" e começa a noticiar todas as mazelas da cidade/estado.
4.Outros culpam o prefeito da cidade pela greve da PM, e não o nosso governador, que mais parece fazer um tour pelo mundo. Mais difícil de ser encontrado do que aquela Luíza, que estava no Canadá.
5. E os prefeitos, por sua vez, chamam o Exército, cheio de menininhos com o coração na mão e mais um pouco, que não saem do quartel a não ser pra visitar a família, para irem "pra frente da batalha" - Sim, para muitos, estamos em guerra!
6. Em Feira de Santana já morreram 34 no mês de Janeiro, e só hoje mais três. 18 à mercê do Hospital Geral Clériston Andrade.
7. E as pessoas continuam dizendo que é o fim do mundo, ao invés de votarem direito e colocarem alguém que realmente preste (se existe) no governo.
8. Outros, ainda, discutem sobre o tema, se achando expert's sobre o assunto, movimentam-se pela internet, mas não têm coragem de sair de casa: um bando de pseudorrevolucionários.
9. Outros culpam a Globo por "racismo com nordestinos" porque a emissora (ÀS VÉSPERAS DO CARNAVAL) não noticiou durante mais minutos as mazelas que gostaríamos que constassem - não entendem que a emissora preservou o turismo em nosso estado, para que nós continuássemos enchendo o nosso (nosso?) bolso com a festa.

Estressar-me? Não. Fechar os olhos? Jamais. Mas prefiro ficar aqui na minha ironia.

sábado, 14 de janeiro de 2012